Como está a sua qualidade de vida?

Como está a sua qualidade de vida?

Nem precisa ser especialista pra dizer que nosso humor no dia a dia está totalmente ligado as nossas dores, artrites e tantas outras coisas… Tem dias que levantamos com pensamentos inquietos, agitados, e em outros mais pra baixo e ficamos pensativos.

Se a gente parar e pensar com calma, verá que ontem, ou mesmo hoje, uma dessas artrites ou outras coisas estão incomodando ou incomodaram bastante ontem e durante a noite. É um círculo vicioso. Vem o incômodo chato, aparecem os pensamentos mais negativos, ficamos pra baixo, e a artrite dói um pouco mais.

De repente alguém te pergunta: Como está a sua qualidade de vida?

Um sorrisinho amarelo responde: “Tudo bem…”

Foi pensando nisso que a Pulsus fez o programa Cuidado Completo, que tem como objetivo, por meio de uma equipe multidisciplinar, acompanhar os pacientes durante o tratamento, contribuindo para uma educação continuada em saúde e proporcionando bem-estar dentro e fora da clínica.

Desde o início de 2020, foi possível acompanhar pacientes com artrites e observar os sintomas depressivos e de ansiedade. É importante ressaltar o impacto que a pandemia do novo coronavírus, contribuiu, e muito, para todo esse aumento dos sintomas e alterações na qualidade de vida dos pacientes, causados por isolamentos sociais, incapacidade de realizar atividades físicas e até mesmo acompanhamentos com fisioterapeutas.

A mudança foi drástica e entendemos que o paciente sofreu no corpo, todo esse impacto. 

Todo paciente que tem alguma limitação física, psicológica ou fragilidade, são pacientes que precisam receber uma atenção especial para o lado emocional, a fim de que o diagnóstico afete o mínimo possível a sua autoestima. 

Nosso maior cuidado, nos acompanhamentos dos pacientes durante a infusão, por exemplo, foi em sensibilizá-los quanto a importância do autocuidado. Uma das principais razões de uma baixa autoestima vem de um distanciamento da pessoa com ela mesma, quase um desconhecimento ou um abandono.

É muito natural que as pessoas de uma forma geral, cheguem à idade adulta muito distanciadas delas mesmas, isso quer dizer que ao longo da vida, muitas vezes nos abandonamos.  Dessa forma, fica mais explícito entender por que muitas vezes nos sentimos, descuidados, inseguros, desanimados, inadequados, reflexo de uma baixa autoestima. Esses aspectos já contribuem para o surgimento de sintomas depressivos ou distúrbios de ansiedade, mas esse quadro tende a se agravar para todos aqueles que recebem um diagnóstico de uma doença. 

Nosso intuito é levar uma semente de autocuidado, uma sensibilização para voltarmos a atenção para nós mesmos, sobre a importância de nos responsabilizamos sobre a nossa vida, nosso corpo físico, diagnóstico e tratamentos. 

A autoestima nasce a partir de quando identificamos “o que olhar?”, “o que cuidar?” e consequentemente “o que amar?”. Aí vem uma grande pergunta, até que ponto esse “o que?”, é você?

Você, que é nosso paciente, e já teve a oportunidade de ser acompanhado pela psicóloga do projeto, já deve ter escutado essa pergunta: – O que você já fez por você hoje? Você pode cuidar de todos a sua volta, inclua você na sua vida! Este sem dúvida é um primeiro e um grande passo de mudança. 

Izabela Gazzinelli

Psicóloga da Pulsus.