Fibromialgia: o que você precisa saber

A fibromialgia foi assunto do momento quando, em 2017, a cantora Lady Gaga cancelou sua presença no Rock in Rio devido à doença. Se por um lado os fãs ficaram frustrados, por outro o comunicado trouxe a enfermidade à tona e nos deu uma oportunidade de desmistificá-la. Se você quer saber mais, continue a leitura desse texto.

O que é fibromialgia?

Além da cantora Gaga, famosos como Morgan Freeman e Susan Flannery também precisam conviver com a doença. A fibromialgia, muito conhecida como fibro, é uma síndrome de causas ainda desconhecidas. Ela pode provocar dores fortes por todo o corpo durante muito tempo ou sensibilidade nas articulações, nos músculos e nos tendões. Ela está relacionada com o funcionamento do sistema nervoso central e o mecanismo de supressão da dor, já que existe uma alteração da interpretação dos estímulos recebidos pelo cérebro e também pelos receptores cutâneos. Além da dor, provoca também outros sintomas, como fadiga, déficits de memória e depressão, falta de disposição e alterações do sono.

Quais os principais sintomas?

O Colégio Americano de Reumatologia foi o responsável por definir os critérios que marcam esse problema crônico, que hoje atinge entre 2 e 3% da população brasileira. Atualmente, são levados em conta os seguintes fatores para considerar o diagnóstico da enfermidade:

•  Dor difusa em cinco a sete partes do corpo por mais de três meses;

•  Cansaço crônico;

•  Problemas de memória e concentração;

•  Insônia e sono não reparador;

•  Diarreia ou prisão de ventre frequentes;

•  Vontade constante de urinar;

•  Suor em excesso;

•  Sensibilidade ao frio.

Quais são as possíveis causas da doença?

A enfermidade atinge principalmente as mulheres, mas todos os sexos e faixas etária podem ser atingidos. Infelizmente, a fibromialgia trata-se de uma doença que ainda não tem causas conhecidas, mas existem alguns fatores que estão frequentemente associados a esta síndrome.

Estresse e traumas

Algumas questões que são comuns à vida atribulada que vivemos hoje podem contribuir para o desenvolvimento da fibromialgia ou seu agravamento. Perda de um ente querido ou do emprego dos sonhos, término de relacionamento, dificuldades em casa, traumas de infância e até mesmo acidentes de carro que afetam diretamente a região do pescoço podem funcionar como um gatilho.

Sensibilização central

Os pacientes que são diagnosticados com a fibromialgia normalmente possuem uma alteração neuroquímica no sistema nervoso central, que faz com que a percepção da dor seja aumentada. Eles também têm menos substâncias que nibem essa sensação e mais moléculas encarregadas de amplificá-la, o que significa que um simples abraço mais animado pode causar um maior desconforto  ao paciente.

Distúrbios psíquicos

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), hoje existem mais de 350 milhões de deprimidos em todo o planeta. E além da depressão, a ansiedade também vem se mostrado como um dos males do século. Essas duas condições são muito comuns em portadores da fibromialgia, e podem estar associadas a dor crônica e a fadiga.

Acho que estou com fibromialgia. O que fazer?

O primeiro passo é procurar um médico reumatologista que irá investigar seu histórico médico, sua rotina e fazer os exames que podem diagnosticar a doença. Posteriormente, o profissional da saúde irá indicar a melhor forma de tratamento para essa condição.